Acredito ser impossível falar sobre Petrópolis e não falar de
Petrópolis (meio confuso isso não? calma vocês entenderão). Aprendi que não se
pode conhecer certa coisa sem antes conhecer sua história. Minha intenção, porém
não é a de dar uma aula sobre, mas é impossível não falar da formação histórica
de Petrópolis.
Tratarei aqui de algumas curiosidades que nos ajudarão a entender o processo de formação de Petrópolis:
Tratarei aqui de algumas curiosidades que nos ajudarão a entender o processo de formação de Petrópolis:
A
Serra da Estrela, onde se encontra Petrópolis, era praticamente desconhecida
pelos colonizadores portugueses nos primeiros 200 anos de colonização, salvo
por alguma expedição exploratória para tomar posse de sesmarias.
A
fundação da cidade de Petrópolis está intimamente ligada ao Imperador D. Pedro
I e ao Pe. Correia. Desde que o Imperador pernoitou na fazenda do padre,
de passagem pelo Caminho do Ouro que o levaria às Minas Gerais, ficou encantado
com a exuberância e amenidade do clima. Foi seu desejo então,
adquirir a propriedade para seu uso e, em especial, para o tratamento de sua
filha, Princesa Dona Paula Mariana de cinco anos, sempre muito doente e
que se recuperou bem quando lá esteve.
Com
a abdicação e morte de seu pai em 1834, D. Pedro II herda essas terras, que
passam por vários arrendamentos até que Paulo Barbosa da Silva, Mordomo da Casa
Imperial, teve a iniciativa de retomar os planos de Pedro I, de construir um
palácio de verão no alto da serra da Estrela.
No
dia 16 de março de 1843, o Imperador, que estava com dezoito anos e
recém-casado com Da. Teresa Cristina assinou o Decreto Imperial nº 155 que
arrendava as terras da fazenda do Córrego Seco ao Major Köeler para a fundação
da “Povoação-Palácio de Petrópolis”.
Como
todo povoado colonial, a cidade nasceu de um curato em 1845, subordinado a São
José do Rio Preto e um ano depois, foi criada a Paróquia de São Pedro de
Alcântara, vinculada à Vila da Estrela. Em 1857, onze anos após, foi
elevado a município e cidade, sem passar pela condição de vila, o que era, na
ocasião, inédito.
Em
1837, aportou no Rio de Janeiro o navio Justine com 238 imigrantes alemães em
viagem para a Austrália. Devido aos maus tratos sofridos a bordo, eles
resolveram não seguir viagem, permanecendo no Rio de Janeiro. O Mj Köeler soube
da ocorrência e se entendeu com a Sociedade Colonizadora do Rio de
Janeiro para trazer os imigrantes para trabalhar na abertura da Estrada Normal
da Estrela, pagando uma indenização ao capitão do navio. Assim, foi dada
permissão aos colonos de desembarcarem no Rio de Janeiro. Estes, sob as
ordens de Köeler, estiveram primeiramente trabalhando no Meio da Serra, depois
foram para o Itamarati.
Treze
navios deixaram Dunquerque com 2.338 imigrantes, o primeiro deles chegando ao
porto de Niterói em 13 de junho e o último, em 7 de novembro de 1845. Acertados
os trâmites legais, eles foram transferidos para o Arsenal de Guerra do Rio,
onde se acha hoje instalado o Museu Histórico Nacional, ficando por lá alguns
dias e, então, seguiram viagem pela baía da Guanabara e pelo rio Inhomirim, até
o Porto da Estrela. De lá, para o Córrego Seco, foram a pé ou a cavalo,
com escalas na Fábrica de Pólvora e no Meio da Serra, onde existiam ranchos
para os viajantes.
Para
os alemães se sentirem à vontade e se lembrarem de sua terra, Köeler repetiu os
nomes das regiões de origem na Alemanha nos quarteirões da cidade como Mosela,
Palatinado, Westphalia, Renânia, Nassau, Bingen, Ingelheim, Darmstadt,
Woerstadt, Siméria, Castelânia Westphalia e Worms. Além disso, homenageou as
diversas nacionalidades de outros colonos, dando-lhes nomes nos quarteirões:
Quarteirão Francês, Suíço e Brasileiro.
Durante
todo o 2° Reinado, a presença de D. Pedro II em Petrópolis se destacou, acima
de qualquer outra personalidade, por sua influência, pela constância da sua
presença e do seu amor à cidade. “Fale-me de Petrópolis”, pedia a quem o
visitava no exílio, pouco antes de falecer.
Com
sua animada vida social, Petrópolis competia com o Rio de Janeiro durante todo
um semestre por ano, levando a grande vantagem de oferecer um clima ameno aos
seus visitantes. Em conseqüência, a cidade ostentava um grande número de
primeiros lugares no Brasil, como a Estrada Normal da Estrela, a primeira
estrada de rodagem de montanha, a União e Indústria, a primeira estrada
macadamizada, a primeira cidade totalmente planejada antes de ser iniciada a
sua construção e o primeiro trem a subir uma montanha.
Em
1893,Durante o Brasil república ocorreu a Revolta Armada em Niterói contra o
governo do Marechal Floriano Peixoto e foram cortadas todas as comunicações
entre o Rio de Janeiro e Niterói. Com a capital do estado ameaçada, o
governo foi transferido de Niterói para Petrópolis, em 1894.
Talvez
Getúlio Vargas tenha sido o presidente que mais se aproximou e se interessou
por Petrópolis. Até hoje, muitos ainda se lembram dele caminhando pelas
ruas da cidade, com as mãos cruzadas nas costas. O Museu Imperial e o Mausoléu
dos Imperadores devem a ele a sua existência.
A
partir de 1960 a cidade não conseguiu os grandes investimentos que necessitava
para se modernizar e poder enfrentar a concorrência comercial e industrial,
cada vez maior. Houve então a grande mudança de rumo na vida do
petropolitano e da sua cidade, que se voltou cada vez mais, para a sua tradição
histórica e para a urbanização e arquitetura que ficaram de seu passado.
E para a beleza e preservação da sua natureza.
Fonte:
TAULOIS, Antônio Eugênio, História de Petrópolis, fevereiro de 2007.
E então, o que acharam? Colabore você também com curiosidades da
formação de Petrópolis! Todas as informações são sempre muito bem vindas! E se
por acaso eu cometi algum engano sinta-se à vontade para me corrigir!
Até a próxima!
Praça da Liberdade e Avenida Piabanha (1906)
Petrópolis
ResponderExcluirMinha cidade e muito especial la tem vários pontos turísticos
um deles e o museu imperial.
O relógio das flores,tem varias flores
de todas as cores.
A catedral e uma igreja
la tudo e real
a catedral e muito especial
q poesia legal ! <3
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