sexta-feira, 6 de julho de 2012

Petrópolis = Cidade de Pedro

Acredito ser impossível  falar sobre Petrópolis e não falar de Petrópolis (meio confuso isso não? calma vocês entenderão). Aprendi que não se pode conhecer certa coisa sem antes conhecer sua história. Minha intenção, porém não é a de dar uma aula sobre, mas é impossível não falar da formação histórica de Petrópolis.
Tratarei aqui de algumas curiosidades  que nos ajudarão a entender o processo de formação de Petrópolis:

A Serra da Estrela, onde se encontra Petrópolis, era praticamente desconhecida pelos colonizadores portugueses nos primeiros 200 anos de colonização, salvo por alguma expedição exploratória para tomar posse de sesmarias.

A fundação da cidade de Petrópolis está intimamente ligada ao Imperador D. Pedro I e ao Pe. Correia.  Desde que o Imperador pernoitou na fazenda do padre, de passagem pelo Caminho do Ouro que o levaria às Minas Gerais, ficou encantado com a exuberância e amenidade do clima. Foi seu desejo então, adquirir a propriedade para seu uso e, em especial, para o tratamento de sua filha, Princesa Dona Paula Mariana de cinco anos, sempre muito doente e que  se recuperou bem quando lá esteve.

 Com a abdicação e morte de seu pai em 1834, D. Pedro II herda essas terras, que passam por vários arrendamentos até que Paulo Barbosa da Silva, Mordomo da Casa Imperial, teve a iniciativa de retomar os planos de Pedro I, de construir um palácio de verão no alto da serra da Estrela.

No dia 16 de março de 1843, o Imperador, que estava com dezoito anos e recém-casado com Da. Teresa Cristina assinou o Decreto Imperial nº 155 que arrendava as terras da fazenda do Córrego Seco ao Major Köeler para a fundação da “Povoação-Palácio de Petrópolis”.

Como todo povoado colonial, a cidade nasceu de um curato em 1845, subordinado a São José do Rio Preto e um ano depois, foi criada a Paróquia de São Pedro de Alcântara, vinculada à Vila da Estrela.  Em 1857, onze anos após, foi elevado a município e cidade, sem passar pela condição de vila, o que era, na ocasião, inédito. 

Em 1837, aportou no Rio de Janeiro o navio Justine com 238 imigrantes alemães em viagem para a Austrália.  Devido aos maus tratos sofridos a bordo, eles resolveram não seguir viagem, permanecendo no Rio de Janeiro. O Mj Köeler soube da ocorrência e se entendeu com  a Sociedade Colonizadora do Rio de Janeiro para trazer os imigrantes para trabalhar na abertura da Estrada Normal da Estrela, pagando uma indenização ao capitão do navio.  Assim, foi dada permissão aos colonos de desembarcarem no Rio de Janeiro.  Estes, sob as ordens de Köeler, estiveram primeiramente trabalhando no Meio da Serra, depois foram para o Itamarati.

Treze navios deixaram Dunquerque com 2.338 imigrantes, o primeiro deles chegando ao porto de Niterói em 13 de junho e o último, em 7 de novembro de 1845. Acertados os trâmites legais, eles foram transferidos para o Arsenal de Guerra do Rio, onde se acha hoje instalado o Museu Histórico Nacional, ficando por lá alguns dias e, então, seguiram viagem pela baía da Guanabara e pelo rio Inhomirim, até o Porto da Estrela.  De lá, para o Córrego Seco, foram a pé ou a cavalo, com escalas na Fábrica de Pólvora e no Meio da Serra, onde existiam ranchos para os viajantes.

Para os alemães se sentirem à vontade e se lembrarem de sua terra, Köeler repetiu os nomes das regiões de origem na Alemanha nos quarteirões da cidade como Mosela, Palatinado, Westphalia, Renânia, Nassau, Bingen, Ingelheim, Darmstadt, Woerstadt, Siméria, Castelânia Westphalia e Worms. Além disso, homenageou as diversas nacionalidades de outros colonos, dando-lhes nomes nos quarteirões: Quarteirão Francês, Suíço e Brasileiro.

Durante todo o 2° Reinado, a presença de D. Pedro II em Petrópolis se destacou, acima de qualquer outra personalidade, por sua influência, pela constância da sua presença e do seu amor à cidade.  “Fale-me de Petrópolis”, pedia a quem o visitava no exílio, pouco antes de falecer.

Com sua animada vida social, Petrópolis competia com o Rio de Janeiro durante todo um semestre por ano, levando a grande vantagem de oferecer um clima ameno aos seus visitantes.  Em conseqüência, a cidade ostentava um grande número de primeiros lugares no Brasil, como a Estrada Normal da Estrela, a primeira estrada de rodagem de montanha, a União e Indústria, a primeira estrada macadamizada, a primeira cidade totalmente planejada antes de ser iniciada a sua construção e o primeiro trem a subir uma montanha.

 Em 1893,Durante o Brasil república ocorreu a Revolta Armada em Niterói contra o governo do Marechal Floriano Peixoto e foram cortadas todas as comunicações entre o Rio de Janeiro e Niterói.  Com a capital do estado ameaçada, o governo foi transferido de Niterói para Petrópolis, em 1894. 
   
Talvez Getúlio Vargas tenha sido o presidente que mais se aproximou e se interessou por Petrópolis.  Até hoje, muitos ainda se lembram dele caminhando pelas ruas da cidade, com as mãos cruzadas nas costas. O Museu Imperial e o Mausoléu dos Imperadores devem a ele a sua existência. 

A partir de 1960 a cidade não conseguiu os grandes investimentos que necessitava para se modernizar e poder enfrentar a concorrência comercial e industrial, cada vez maior.  Houve então a grande mudança de rumo na vida do petropolitano e da sua cidade, que se voltou cada vez mais, para a sua tradição histórica e para a urbanização e arquitetura que ficaram de seu passado.  E para a beleza e preservação da sua natureza.  

Fonte: TAULOIS, Antônio Eugênio, História de Petrópolis, fevereiro de 2007.

E então, o que acharam? Colabore você também com curiosidades da formação de Petrópolis! Todas as informações são sempre muito bem vindas! E se por acaso eu cometi algum engano sinta-se à vontade para me corrigir! 

Até a próxima!

                        Praça da Liberdade e Avenida Piabanha (1906)

2 comentários:

  1. Petrópolis
    Minha cidade e muito especial la tem vários pontos turísticos
    um deles e o museu imperial.

    O relógio das flores,tem varias flores
    de todas as cores.

    A catedral e uma igreja
    la tudo e real
    a catedral e muito especial

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